segunda-feira, 8 de setembro de 2008

08 de setembro - Natividade da Bem Aventurada Sempre Virgem Maria


Hoje celebramos a festa em honra à natividade da Mãe de Deus, cujo verdadeiro significado e fim é a encarnação do Verbo. Maria nasce, é amamentada e cresce para ser a Mãe. O significado real desta festa é o próprio Filho de Deus, nascido de Maria e nosso Salvador. Por isso a festa de hoje foi celebrada com louvores magníficos por muitos santos Padres, que tiraram suas conclusões da Bíblia e de sua sensibilidade e ardor poético.


"Hoje é o dia em que Deus começa a pôr em prática o seu plano eterno, pois era necessário que se construísse a casa, antes que o Rei descesse para habitá-la. Casa bela, porque, se a Sabedoria constrói uma casa com sete colunas trabalhadas, este palácio de Maria está alicerçado nos sete dons do Espírito Santo, Salomão celebrou de modo soleníssimo a inauguração de um templo de pedra. Como celebraremos o nascimento de Maria, templo do Verbo encarnado? Naquele dia a glória de Deus desceu sobre o templo de Jerusalém sob forma de nuvem, que o obscureceu. O Senhor que faz brilhar o sol nos céus, para a sua morada entre nós escolheu a obscuridade (1Rs 8,10-12), disse Salomão na sua oração a Deus. Este mesmo templo estará repleto pelo próprio Deus, que vem para ser a luz dos povos." São Pedro Damião.



E assim se exprimiu o Padre Antônio Vieira sobre essa celebração:


"Quereis saber quão feliz, quão alto é e quão digno de ser festejado o Nascimento de Maria? Vede o para que nasceu. Nasceu para que dEla nascesse Deus. (...) Perguntai aos enfermos para que nasce esta celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde; perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios; perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo; perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação; perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres; perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança. Os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz; os discordes, para Senhora da Paz; os desencaminhados, para Senhora da Guia; os cativos, para Senhora do Livramento; os cercados, para Senhora da Vitória. Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho; os navegantes, para Senhora da Boa Viagem; os temerosos da sua fortuna, para Senhora do Bom Sucesso; os desconfiados da vida, para Senhora da Boa Morte; os pecadores todos, para Senhora da Graça; e todos os seus devotos, para Senhora da Glória. E se todas estas vozes se unirem em uma só voz, dirão que nasce para ser Maria e Mãe de Jesus". (Sermão do Nascimento da Mãe de Deus)

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

15 de agosto - Solenidade da Assunção de Maria


“Mãe de Deus ao céu erguida,
Seja esta a prece tua:
deste a Deus a nossa vida,
nos concede agora a sua".

"A Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha de culpa original, terminando o curso da sua vida terrestre, foi elevada em corpo e alma à glória celeste e pelo Senhor exaltada qual Rainha do universo, para que mais plenamente estivesse conforme o seu Filho, Senhor dos Senhores e vencedor do pecado e da morte"(LG 59). è Maria elevada ao céu, primícia da Igreja celeste, e o sinal da esperança segura e do conforto para a Igreja peregrina. A "Dormitio Virginis" e a Assunção, no Oriente e Ocidente, estão entre as mais antigas festas marianas. Este antigo testemunho litúrgico foi explicitado e solenemente proclamado pela definição dogmática de Pio XII em 1950.

"Que opróbrio não se apresenta para a condição humana o túmulo com a sua podridão! Jesus, isento desse opróbrio universal, também dele isentou a Santa Virgem, porque a carne de Jesus é a de Maria.
Se Maria foi tão justamente ornada durante toda a sua vida com graças, mais abundantemente do que todas as outras pessoas, após sua morte, a intensidade dessas graças haveria de diminuir? Por certo que não. Pois se a morte de todos os santos é preciosa (Sl 115, 15), a de Maria, certamente, é mais preciosa ainda. Ela, que pôde ser chamada Mãe de Deus e que foi de fato. Era justo ficar isenta de corrupção aquela que fora inundada com tantas graças. Deveria viver, toda inteira, aquela que gerou a Vida perfeita e completa de todos os humanos. Que ela esteja com aquele a quem trouxe no seio: que esteja unida àquele que pôs no mundo, a quem aqueceu e nutriu. Maria, a mãe de Deus, a ama de Deus, o reino de Deus, a imitadora de Deus”.
Atribuído a Santo Agostinho. Do Tratado da Assunção de Maria.


Fonte: Liturgia das Horas, Vol. IV.

Missal Romano.

Agostinho, Santo. A Virgem Maria. Cem textos marianos com comentários. Paulus, 2002.

A Invocação do Santíssimo Nome de Jesus: "a oração dos pobres, a oração do coração".

A invocação do Nome de Jesus é a forma de oração cristã mais simples que se pode imaginar. Foi a oração dos doentes, dos cegos e de todos os necessitados que pediam ajuda a Jesus. E os Evangelhos conservaram a lembrabça da oração desses mais pobres e desfavorecidos. Esta invocação foi sempre a oração dos simples e dos pobres, dos trabalhadores nos campos e nas oficinas, a oração das donas-de-casa, das lavadeiras e das cozinheiras, a oração dos prisioneiros e dos mártires. "Meu Deus, tem piedade de mim porque sou pecador", a oração do publicano, mais agradável a Deus pela simplicidade e humildade, foi suficiente. Este voltou para casa "justificado".
Depois das turbulentas e ainda constantes mutações pelas quais passa nossa história, a sede de Deus se faz ver não só na secura dos homens, como também, na procura por algo que, de fato, preencha. A concorrência dos movimentos pentecostais, tanto católicos como evangélicos, provam o desespero. Mas nem sempre o mais espiritual está ligado ao mais emotivo, e é melhor que não esteja. Na história da espiritualidade cristã, muita coisa se formulou. As orações do clero, com seu rebuscamento literário; as feitas para o povo, com um cuidado de simplificação; a feitas pelo povo, como meio de participação e as inspiradas. As que brotaram do Espírito no coração são as mais eficazes. E não há outra senão aquela que chama a pessoa de Jesus, aquela que não é nada senão o seu Nome. Os milagres na Judéia, aconteceram mediante o som deste Nome. Basta invocá-lo e dele se receberá o que precisa. Chamar o nome implica confiança na presença, amizade, compahia. "O Santo Nome contém Cristo completo e nos introduz na sua Presença total. Esta presença total é mais do que a Presença da proximidade e Presença de vivência a que nos referimos. É a verdadeira 'doação' de todas as realidades às quais nos aproximamos através do Nome _ Salvação, Encarnação, Transfiguração, Igreja, Eucaristia, Espírito e Pai. Esta presença total é tudo".
Frente à correria, ao desespero dos nossos dias, nada melhor para unir o espírito a Deus que pronunciar com fé e sem enfeites o Santo Nome de Jesus. "Por seu nome fomos salvos", nele temos a paz, a salvação, o amigo. "E somos vasos escolhidos para levar o Nome".

Fonte: A oração dos pobres. Paulus,1984.

Escritos de São João da Cruz - "Êxtase de alta contemplação".

Entrei aonde não soube
e quedei-me não sabendo
toda a ciência transcendendo.

Eu não soube aonde entrava,
porém, quando me vi,
sem saber onde estava,
grandes coisas entendi;
não direi o que senti,
que me quedei não sabendo,
toda a ciência transcendendo.

De paz e de piedade
era a ciência perfeita,
em profunda soledade
entendida (via recta);
era coisa tão secreta,
que fiquei como gemendo,
toda a ciência transcendendo.

Estava tão embevecido,
tão absorto e alheado,
que se quedou meu sentido
de todo o sentir privado,
e o e´spírito dotado
de um entender não entendendo,
toda a ciência transcendendo.

O que ali chega deveras
de si mesmo desfalece;
quanto mais sabia primeiro
muito baixo lhe parece,
e seu saber tanto cresce,
que se queda não sabendo,
toda a ciência transcendendo.

Quanto mais alto se sobe,
tanto menos se entendia,
como a nuvem tenebrosa
que na noite esclarecia;
por isso quem a sabia
fica sempre não sabendo,
toda a ciência transcendendo.

Este saber não sabendo
é de tão alto poder,
que os sábios discorrendo
jamais o podem vencer,
que não chega o seu saber
a não entender entendendo,
toda a ciência transcendendo.

E é de tão alta excelência
aquele sumo saber,
que não há arte ou ciência
que o possam apreender;
quem se soubera vencer
com um não saber sabendo,
irá sempre transcendendo.

E se o quiserdes ouvir,
consiste esta suma ciência
em um subido sentir
da divinal Essência;
é obra da sua clemência
fazer quedar não entendendo,
toda a ciência transcendendo.
São João da Cruz.

Fonte: Obras Completas do Doutor Místico São João da Cruz. Coimbra, 1977.

sábado, 9 de agosto de 2008

10 de Agosto - Festa de São Lourenço, diácono e mártir


Lourenço era diácono da Igreja Romana e morreu mártir na perseguição de Valeriano, quatro dias depois o papa Sisto II e seus companheiros, os quatro diáconos romanos. O seu culto é difundido desde o século IV.

São Lourenço dedicou a sua vida ao serviço da Igreja; por isso mereceu a palma do martírio e subiu glorioso à presença de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo(Sermão 304, 1-4: PL 38, 1-395-1397) (Sec. V)

Administrou o sagrado Sangue de CristoA Igreja Romana convida nos hoje a celebrar o triunfo de São Lourenço, que, desprezando as ameaças e as seduções do mundo, venceu a perseguição do demónio. Exercia nessa Igreja de Roma, como sabeis, as funções de diácono. Aí administrou o sagrado Sangue de Cristo; aí derramou o seu sangue pelo nome de Cristo.O bem-aventurado apóstolo São João expôs claramente o mistério da Ceia do Senhor, dizendo: Como Cristo deu a sua vida por nós, também nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos. Assim compreendeu São Lourenço; assim o compreendeu e realizou: o que tinha recebido naquela mesa, isso mesmo ofereceu. Amou a Cristo na sua vida, imitou O na sua morte.Portanto, também nós, irmãos, se realmente O amamos, imitemo l’O. A melhor prova que podemos dar do nosso amor é imitar o seu exemplo. Na verdade, Cristo sofreu por nós, deixando nos o exemplo, para que sigamos os seus passos. Estas palavras do apóstolo São Pedro parecem dar a entender que Cristo só sofreu por aqueles que seguem os seus passos e que a paixão de Cristo de nada aproveita senão àqueles que O seguem. Seguiram n’O os santos mártires até ao derramamento de sangue, à semelhança da sua paixão. Seguiram n’O os mártires, mas não só eles. Não foi cortada a ponte depois de eles terem passado; não secou a fonte depois de eles terem bebido.Aquele jardim do Senhor, meus irmãos, não só tem as rosas dos mártires, mas também os lírios das virgens, as heras dos esposos e as violetas das viúvas. Nenhuma classe de pessoas, irmãos caríssimos, deve menosprezar a sua vocação. Cristo sofreu por todos. Com toda a verdade está escrito a este propósito: Ele quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade.Entendamos, portanto, como deve o cristão seguir a Cristo, mesmo sem ter de derramar o seu sangue, sem ter de suportar o martírio. Diz o Apóstolo, referindo se a Cristo nosso Senhor: Ele, que era de condição divina, não Se valeu da sua igualdade com Deus. Oh sublime majestade! Mas aniquilou Se a Si próprio, assumindo a condição de servo, tornando Se semelhante aos homens e aparecendo como homem. Oh profunda humildade!Cristo humilhou Se: aqui tens, cristão, o que deves imitar. Cristo obedeceu: como podes orgulhar te? E depois de ter passado semelhante humilhação e de ter vencido a morte, Cristo subiu ao Céu: sigamo l’O. Ouçamos o que diz o Apóstolo: Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus.
Fonte: Liturgia das Horas.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

"Apotegmas": sabedoria do deserto.



As raízes primitivas da tradição contemplativa são sem dúvida os Evangelhos e a vida de oração de Jesus, que buscava freqüentemente o silêncio e solidão para estar em comunhão com seu Pai. Ele falava do Reino interior, dizendo-nos para ao rezar, entrarmos em nosso quarto, fechar a porta e lá, orar ao mesmo Pai no qual nos assegura sua união e a nossa, através dEle. Um dos pilares da tradição cristã é que temos em Jesus de Nazaré em suas parábolas e estórias, na tradição do Evangelho, uma entrevisão do que sejam as possibilidades do desenvolvimento humano. Temos uma visão de um Deus de Amor do qual somos parte inerente e também que podemos abrir-nos a união de toda nossa vida, todo nosso ser nesse Deus, e fazer disso uma imensa e ilimitada capacidade de dar e receber amor. Muitas vezes, entretanto, nem sempre temos a certeza de como caminhar nessa trilha, o "caminho estreito" do qual Jesus falava, que nos possibilite fazer dessa transformação uma realidade.Falando de transformação somos lembrados de que na prática da oração contemplativa somos parte de uma tradição antiga que remonta às comunidades primitivas nos desertos da África e no Oriente Médio. Isto pode ajudar-nos a refletir sobre a tradição dos Padres e Madres do Deserto, como uma das primeiras tentativas de cristãos viverem radicalmente o Evangelho, de uma forma mais sincera e radical, de tornar-se bom como Deus é bom e aprender a amar verdadeiramente como Jesus ensinou.No Abbá (pai) ou na Amma (mãe) do deserto não se buscava uma teoria, mas uma "palavra", no grego apotegma, um exemplo de vida, um caminho para progredir na vida espiritual. Muitos desses ensinamentos nasceram das respostas às perguntas dos jovens discípulos ou de pequenas histórias envolvendo variados temas da vida espiritual, além de ser fruto da santidade de vida dos "atletas de Deus".Seguem, portanto, alguns desses "ditos":




Sobre ouvir e praticar a Escritura

  1. Disse um ancião: "Quando te levantas após teres dormido, logo, como primeira coisa, a tua boca renda glória a Deus. Deves entoar hinos e salmos para que o espírito continue a triturar o dia inteiro, como um esmeril, o primeiro pensamento ao qual se uniu desde a aurora, quer se trate de grão, quer se trate de cizânia. Por isso, deves ser sempre o primeiro a jogar o grão, antes que teu inimigo semeie cizânia".


Sobre Deus


  1. Se o homem não fala a seu coração: 'Deus e eu estamos sozinhos no mundo', nunca encontrará descanso", dizia o Abbá Alônio.Um ancião disse: "Quando um se faz louco pelo Senhor, na mesma proporção o Senhor o tornará sábio".


  2. Dizia um ancião: "Um homem pode não ser bom mesmo se tenha a vontade de sê-lo e se esforce com todas as suas forças, se Deus não habita nele, pois ninguém é bom senão Deus".


  3. Alguém perguntou ao Abbá Antão: "O que devo fazer para agradar a Deus?" Respondeu o ancião:"Faz aquilo que te digo: onde quer que fores, tem sempre Deus diante dos olhos; o que quer fizeres, apoia-te no fundamento da Sagrada Escritura; onde quer que mores não vai embora logo. Guarda essas três coisas e serás salvo".


  4. Um irmão perguntou a um ancião: "que pensamentos devo ter em meu coração?". Respondeu o ancião: "Tudo aquilo que o homem pensa sobre o céu e abaixo do céu é vaidade, mas quem persevera na recordação de Jesus está na verdade".


Sobre a paz


  1. Perguntou-se a um ancião: "Porque acontece que eu me canso sempre?". "Porque ainda não conhece a meta", respondeu.


Fonte: BESEN, Pe. José Artulino. Pais e Mães do deserto. Mundo e missão, São Paulo. 2006.site: www.psleo.com.br/padres_des03.htm. acessado dia 08/08/08.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

"Recolhimento, Oração e Serviço do Senhor"


São esses os pilares da vida contemplativo-apostólica no "pequeno mosteiro da Reconciliação". Como o monaquismo no Oriente, o pequeno mosteiro não é uma condição à parte na vida da Igreja, sobretudo da Igreja particular de Limoeiro onde está inserido, mas é antes, um ponto de referência para todos, na medida dos dons oferecidos a cada um pelo Senhor. Daí que os aptos para o silêncio lá encontram terreno pelo ideal do recolhimento. Os dispostos ao apostolado lá, pelo serviço do Senhor, partilham do seu dom. No entanto recolhido ou em apostolado, o pequeno mosteiro cumpre sua missão: a oração. Quando não rezam os homens, rezam as plantas e os animais, cada um à sua maneira, de forma que o Onipotente e bom Senhor recebe continuamente honra, glória e louvor.Assim vemos vivo o ideal do Pai dos monges no Ocidente, São Bento: ora et labora."O mosteiro é um lugar profético no qual a criação se torna louvor de Deus, [...] ajudando a procurar a Deus." Tratando-se de uma experiência intimamente ligada à da família de Nazaré (pequena, oculta, fervorosa e disposta), o mosteiro da Reconciliação profetiza uma busca da santidade concretizada no afastamento do mundo, que vai muito além da dimensão territorial apenas. É um caminho natural para os que querem contemplar a Deus e sem máscaras ser contemplado por Ele. A primeira causa inclui o componente evangélico da busca de perfeição, uma nova espécie de martírio, tão difícil como o dos primeiros cristãos: deixar tudo. "À medida que se fortalece espiritualmente, aprofunda-se sempre mais no deserto" e pra isso a intimidade com a Palavra é indispensável. O pequeno mosteiro, como as antigas celas do deserto oriental, "rumina", "mastiga" a Sagrada Escritura nos 'mantras' fazendo com que a Palavra impregne todo o ser. Antes de qualquer coisa, pelo recolhimento, oração e serviço do Senhor, não se quer nada além de viver o Evangelho e se configurar ao Cristo, nosso Deus. No entanto, quem cresce na perfeição, vê crescer também a tribulação. "O monge, o retirado, o cristão é um atleta de Deus: Deus o purifica com tribulações." No deserto, Deus prova até liquefazer a alma e só assim se progride no seu conhecimento e quanto mais se conhece a Deus mais se conhece a si, uma vez que, nos dizeres de Santo Agostinho, Deus é mais íntimo de nós que nós mesmos.


Fontes: BESEN, Pe. José Artulino. "Pais e Mães do deserto", Mundo e missão, São Paulo. 2006.
AGOSTINHO, Santo. "Confissões", Paulus, São Paulo. 2005.